terça-feira, 31 de maio de 2011

Teu lençol de penas







Ah o teu lençol de penas que me cobria quase toda noite
Aquele lençol amarrotado, já de usado tantas e tantas vezes
Esse lençol de penas que você pôs sobre mim não me confortava mais
E decidi no meio da madrugada descobrir-me para enfrentar o frio...
Tu não eras feliz e nem eu
Na verdade eu te amava, mas não pude suportar conviver na tua comodidade
Recebendo teu carinho, sabendo que querias acalentar outro corpo
Por isso deixei-te livre para voar pelos céus que escolheres
Percorreres as veredas que quiseres
E não te preocupes se isto me dói por que mais me doía antes
Quando via teus olhos tristes me sorrindo amarelo
Bem sei que por mim tendes carinho, mas amor que é amor não há
Então meu amor, adeus
Eu vou embora querida, na certeza de que fiz certo
Trocando teu lençol de penas pelo breu da mata erma, pela poeira dessa estrada, pelo cobertor de aurora da manhã
Ressalto:
- Pior que solidão é pena.

Karen Cynthia

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